Sempre me preocupo em fazer o dia valer a pena. Mais que o dia, fazer a vida valer a pena.
Mas, o que é a vida senão essa sequencia de dias?
Ontem recebi um e-mail com um texto muito bonito da Martha Medeiros, de quem sou fã, e achei que merecia ser partilhado com vocês .
Mania minha que, sempre que fico feliz com algo ou vejo alguma coisa que me faz feliz quero logo dividir com os amigos.
Então nessa sexta-feira, dia que minha alma sempre fica mais leve, nada melhor do que ter a consciência que a vida é bela e que não devemos “deixar o dia de hoje partir inutilmente pois essa é a única maneira de aguardar com entusiasmo o dia de amanhã… ”
Feliz sexta para todos nós!
Paulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas reunidas no livro “O Amor Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente.
Eu tenho, há anos, isso como lema. É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje?
Um corte de cabelo que deu certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava escuro dentro da gente.
Mas para quem valoriza apenas as megavitórias, sobram centenas de outros dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial com carinho e uísque, mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado.
Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar.
Na sexta, o dia não partiu inutilmente, só por causa de um cachorro-quente.